29/12/2007

2008


Oi...


Dou por terminada a votação, o tema: 2008, ganhou com alguma vantagem. Vamos lá ver o que eu consigo escrever sobre o próximo ano.


Vou tentar ser breve, mas abrangente.


Em relação a mim espero que este seja um ano de consolidação, por terras de São Vicente, cheguei aqui apenas em Setembro, por isso espero consolidar-me a todos os níveis. Esta é uma terra de gente boa, sincera e amiga, mas é uma terra muito pequena onde todos se conhecem, por isso também tem alguns problemas, aos quais eu tenho de tentar estar imune, o que nem sempre é fácil. Por tudo isto este será um ano muito importante para mim, pelo menos na perspectiva sacerdotal.


Em relação às paróquias que me estão confiadas, os desafios são bastantes, mas gostaria que a consciência de comunidade fosse marcada e marcante. Naturalmente, que existem muitas coisas que eu gostaria de melhorar, mas tem de ser com muita calma...


A nível da Igreja, penso que os desafios são tantos que nem sei por onde começar, por isso deixo apenas um, que é sempre recorrente: ser uma igreja ao serviço de e não servir-se de.


Para terminar, espero na vivência em sociedade, que procuremos fixar o nosso olhar naquilo que, verdadeiramente, produz felicidade e não apenas naquilo que dá prazer, não será fácil, mas acredito que é possível.


Abraços e beijos e um 2008 diferente de 2007



NOTA: A imagem é a mascote do Campeonato da Europa de Futebol de 2008, espero festejar o titulo.

23/12/2007

Entrevistado

Oi...
Este último sábado, fui convidado a dar uma entrevista à rádio "Maré-Alta", para quem não conhece, como eu não conhecia, é uma rádio de Aljezur com os estúdios em Lagos. Emite para os concelhos de Lagos, Portimão, Vila do Bispo, Aljezur e Odemira.
O móbil da entrevista foi o Natal e o meu gosto pelas novas tecnologias.
A princípio fiquei desconfiado, pois não conhecia a rádio e o convite foi feito apenas na quinta-feira.
Mas pensei que não podia recusar esta oportunidade, pois a Igreja não pode ficar fechada no templo, e se um dos temas era as novas tecnologias, recusar seria uma contradição.
A experiência, apesar de não ser a primeira, foi gratificante e durou 1:3o, o que não estava previsto.
Naturalmente que a conversa não foi apenas sobre o Natal e as novas tecnologias.
Ao fazer o balanço de mais uma "aventura", posso dizer que a mensagem foi transmitida e esse é o grande objectivo destas "aventuras".
Este é mais um passo, espero eu, dum caminho que se vai fazendo...
Abraços e beijos..

18/12/2007

Reconciliação

Oi...


Nesta altura do ano é normal os cristão viverem o Sacramento da Reconciliação, algo de natural para quem é consciente da sua fé.

Numa conversa banal, alguém ficou "espantado" por ainda existirem pessoas que se confessam, pior, ou melhor, foi quando eu disse que era algo que eu gostava de fazer (tanto confessar-me, como “confessar”).

Quando lhe perguntei o porquê de tanto "espanto", a pessoa respondeu-me: "Eu nunca seria capaz de contar a minha vida a um Padre. Hoje já não se compreende esse tipo de coisas. Deus não precisa que eu lhe conte os meus pecados, até porque eu não os tenho".

A resposta foi um pouco longa, pois gerou-se uma “discussão”, mas interessante.
No entanto, vou escrever um pouco da minha tentativa de resposta. Comecei por tentar explicar duas coisas muito simples: 1. que o Padre não está ali para saber da vida das pessoas, é um ministro (=alguém que serve); 2. não é Deus que precisa de ouvir a nossa confissão, somos nós que precisamos DELE. Sobre a não existência de pecados... foi muito giro, pois para essa pessoa pecado é matar ou roubar, então tentei explicar que o pecado é um pouco mais do que isso, existe no nosso dia-a-dia muitos momentos de pecado: quando não acolhemos alguém que precisa de desabafar, quando gozamos com o outro, quando falamos nas costas do outro, etc...

Para terminar, tentei explicar que o cristão não é melhor do que os outros, apenas precisa de ajuda. E acredita que através da Reconciliação Deus dá-lhe a graça perdida e a ajuda para conseguir atingir a felicidade, e nunca o contrário.

Beijos e abraços...


PS: Muito mais havia para escrever sobre a Reconciliação, fica para outra altura...Termino citando São Paulo: "Onde abundou o pecado, superabundou a graça" (Rm 5, 29).

15/12/2007

Desabafos ou desafios....

Oi...
Estava a ver que não conseguia escrever umas linhas no meu blog, e logo agora que é famoso, pelo menos no "barlavento", hehe.
Durante os últimos tempos tenho sido "assaltado" por muitos temas que gostaria de partilhar convosco, mas a verdade é que não é fácil ter tempo para tudo...
Neste post, gostaria de partilhar um dilema que vou vivendo quase todos os dias, as diferenças entre as pessoas. Parece algo banal, no entanto parece-me algo de crucial para perceber aqueles que nos rodeiam e poder ajudá-los. Como pároco tenho de acolher todos de igual forma e amá-los como o próprio Jesus faria, mas a verdade (a minha, naturalmente) é que não consigo. Como em todos os sítios pequenos as "tricas" são banais, mas para mim essas "tricas" deviam ficar fora da Igreja, o que não está a acontecer.
Fala-se muito e faz-se muito pouco. Tenta-se, e muitas vezes consegue-se, dominar os outros para atingir os outros. E o mais grave é que esta mentalidade é "herditária", pois os mais pequenos pensam e agem da mesma forma que os adultos.
Ao preparar a homilia para este III Domingo do Advento, confrontava-me com esta realidade e aquilo que Jesus nos pede: "Dizei o que vês e ouvis". Por outras palavras, o cristão deve ser o primeiro na coerência entre a palavra e a vida, mas......
Isto deixa-me triste, mas ao mesmo tempo é um desafio duplo: 1- procurar ser o primeiro a tentar viver este desafio; 2- tentar ajudar as minhas comunidades a viver esse mesmo desafio.
Em conclusão, penso que o grande problema está na falta de oração, de encontro intimo com Deus. Acredito que se fossemos homens e mulheres de oração olhávamos para o outro como irmão e não como inimigo; procurávamos que as instituições estivesse ao serviço de todos e não de alguns....
Estes são apenas alguns dos desabafos que eu procuro ver como desafios.
Abraços e beijos....

02/12/2007

Mariana e companhia

Oi...
Como é do conhecimento de todos, se não é passa a ser, durante 3 semanas Nossa Senhora de Fátima visitou as paróquias de Sagres, Vila do Bispo e Raposeira. Neste momento já partiu para Budens.
Esta visita marcou muitas pessoas, Nossa Senhora de Fátima congrega multidões e toca o coração de muitas pessoas.

Gostava de partilhar aqui um exemplo, podiam ser vários, da alegria que as pessoas, neste caso crianças, sentiram nesta visita.
A Mariana, é uma menina de 10 anos (salvo erro) que canta muito bem, por isso ficou de cantar com mais algumas crianças na despedida de Nossa Senhora destas paróquias. No entanto não houve a possibilidade de chegarem a horas. No fim, quando Nossa Senhora já estava de partida vi 3 meninas a chorarem, entre elas a Mariana, quando me aproximei para saber o que se passava, descobri que as lágrimas deviam-se à impossibilidade de se despedirem de Nossa Senhora. Este é um exemplo da intensidade e sensibilidade que Maria de Nazaré coloca no coração de cada vivente.
Depois duma conversa longa, lá consegui vislumbrar um sorriso nas caras delas.
Para elas e também para a catequista desejo que continuem a trabalhar para como até agora e que este precalço não seja motivo para desanimo, bem pelo contrário.
Abraços e Beijos...

SNS e as Crianças

Oi... 1. Ontem, dia 15.06.2023, foram anunciados os serviços de pediatria para o Verão 23 . 2. Em 24h, não houve alarido ou stress com este ...