30/06/2008

30 de Junho de 2008

Oi...
Neste fim de tarde gostaria de partilhar convosco algumas recordações e inquietações pessoais e não só.

Começo, por recordar a ansiedade que vivia faz agora um ano, pois sabia que iria sair do Seminário para uma paróquia, mas não sabia para qual. Essa ansiedade é agora recordada e de alguma forma vivida.

Outra partilha, que gostaria de fazer hoje, é a de que chegar aos 27 anos, uiui, sinto-me velho, não pela idade, mas sim pela diferença de pensar e de agir dos "jovens" de hoje...

Por último, amanhã será uma dia muito complicado, não só para mim, mas também para a Raposeira, pois será o funeral dum jovem de 19 anos. Estas situações são sempre dramáticas, mas há algumas coincidências que elevam a dramaticidade deste acontecimento: no ano passado morreu um outro jovem, o André, também de moto, que tinha tirado o mesmo curso com o Rodrigo; além disto as mães trabalham no mesmo estabelecimento comercial... são coincidências que passava bem sem fazer referência a elas.

Abraços e beijos...

PS: Acredito que neste momento o André estará a receber o Rodrigo junto de Deus...

22/06/2008

Números

Oi...
Pessoalmente não gosto de números, pois as pessoas são muito mais do que números. Mas a verdade é que sem eles não podemos avaliar, objectivamente, alguns dados.
Neste domingo as Paróquias de Sagres, Vila do Bispo e Raposeira fizeram uma recolha de números referente às presenças e às comunhões.
Os números não são animadores, pois entre 2001 e 2008 não houve crescimento.
Deixo aqui alguns resultados para reflexão de todos:
em relação às presenças em 2001, na Raposeira era de 42, hoje foi de 67; as comunhões em 2001 foram 33, em 2008 foram 33;
em Vila do Bispo em 2001 o número de pessoas presentes foi de 89, em 2008 foram 112; as comunhões em 2001 foram 63, hoje foram 77;
finalmente, em Sagres em 2001 estavam 112 pessoas presentes, em 2008 estavam 113; em 2001 comungaram 71, enquanto hoje foram 65 comunhões.
Pode-se arranjar muitos argumentos, mas aquilo que se pode avaliar são os números e esses falam por si. Neste momento em que estamos a avaliar e a programar o próximo ano, penso que é importante olhar para estes números sem arranjar desculpas, para que no próximo ano se possa dar uma resposta séria a estes números.
Abraços e beijos...

PS: Vizinha a ousadia, a verdade e a liberdade são valores que o cristão, e não só, deve viver, mas isso incomoda. É mais fácil destruir que construir. Muito obrigado pela vizinha e também pela amiga que tem sido neste meses que temos convivido.

21/06/2008

A vida...

Oi...
Hoje apetece-me partilhar dois pensamentos convosco:
1º - a vida é feita de momentos, positivos ou não, mas só os percebemos algum tempo depois dos vivermos. O momento que estou a viver é exemplo disso... ficamos por aqui... novidades... ou não...
2º - neste momento, assim como no futebol, também nas dioceses vive-se momentos de alguma ansiedade, pois as mudanças estão a ser pensadas. Mesmo quem é mero espectador fica ansioso... hehe...
Esta é uma pequena partilha que me faz pensar.
Abraços e beijos...

17/06/2008

E vai na...segunda


Oi...
Na última semana a Irlanda foi às urnas dizer que não quer um tratado/constituição da Europa, não são os primeiros a dizer que não, pois a França e a Holanda também já tinham dito que não à "magnifica" constituição europeia.
Penso que os nossos governantes deveriam parar e pensar muito bem sobre este sinal irlandês. No entanto parece que tudo está decidido: o tratado tem de avançar e de duas uma: ou volta-se a fazer um refendo até que o sim ganhe ou continua-se sem a Irlanda. A conclusão é que a democracia só conta quando dá os resultados pretendidos.
O resultado na Irlanda é muito claro, pois os dois maiores partidos do país fizeram campanha pelo sim e mesmo assim foi o não que ganhou. Parece-me que os líderes europeus deveriam pensar na Europa dos europeus e não na Europa dos governantes...
Em conclusão, o caminho que está a ser percorrido não é o melhor. Os europeus, como eu, expressaram o seu desagrado, agora cabe àqueles que nos governam perceberem isso. Normalmente a teimosia não leva a bom porto. CUIDADO
Abraços e beijos...

15/06/2008

1ª Eucaristia


Oi...
Dia 15 de Junho ficará para sempre na minha memória.
4 crianças de Vila do Bispo receberam a Eucaristia pela 1ª vez, isto enche-me de felicidade, é um sinal, que Deus dá da sua presença e do caminho que quer percorrer connosco.

As duas Catarinas, a Natacha e o Daniel hoje estão mais ricos, e com eles toda a comunidade enriqueceu-se substancialmente.
Se é uma alegria imensa para eles e para a comunidade, é naturalmente uma grande responsabilidade, pois agora é necessário responder com a vida do dia-a-dia... e a comunidade deve ser um exemplo para eles.
Agradeço a Deus em cada um daqueles que viveram este momento único.
Abraços e beijos...

11/06/2008

Bloqueios...


Oi...

Desde segunda-feira que há um bloqueio nas estradas portuguesas a transportes pesados de mercadorias, os efeitos são vários, mas há um bem visível: a falta de combustíveis nas bombas. Aqui neste cantinho não é excepção...
Para os mais velhos isto não é novidade, mas para a minha geração é.
A mobilidade é colocada em questão, algo impensável em tempos recentes.
No entanto há algo de positivo neste momento complicado: parar para pensar no presente e no futuro.
Vejamos onde vai para tudo isto.

Abraços e beijos...

07/06/2008

Portugalinho...


Oi...
No momento em que escrevo este post, a nossa selecção de futebol está no centro das atenções de todos os portugueses, pois começou a ganhar o Euro 2008. Mas não é sobre os viriatos que eu quero escrever hoje.
Hoje quero partilhar convosco algo que me perturbou bastante. Neste últimos dias estive com alguns alunos na ilha de Tavira, durante estes diass que foram muito bons, houve momentos menos positivos, e gostaria de partilhar um deles. Uma das alunas, a Cátia Dias, foi picada por um bicho, provavelmente um peixe aranha, naturalmente teve muitas dores. Perante esta situação procurei uma solução superar esta situação. A primeira coisa foi procurar alguém na ilha que nos pudesse ajudar, ajuda conseguimos, não médica, mas sim a boa vontade de dois polícias marítimos, pois na ilha, devido às burocracias, não há qualquer tipo de ajuda médica. Depois de alguns telefonemas conseguimos sair da ilha transportados pelo ISN, chegados ao "continente" indicaram-nos o caminho para as urgências de Tavira. Quando chegámos ao Centro de saúde, comecei a ferver, pois fui informado que as urgências só abriam às 15h, deveras curioso, em portugal até as urgências têm de ser marcadas, depois de uma tentativa frustrada de tentar ser atendido em Tavira, fomos enviados para... isso mesmo, Vila Real, não a que fica para lá dos montes, mas a de Santo António. Durante os mais de 30 km fui pensado naquilo que nos tinha acontecido: numa cidade como Tavira não há urgências "permanentes", só agendadas. Chegados a VRSA fomos atendidos, diga-se com muito sacrifício: qua fazia em VRSA dois "carolas" tão bem vestidos de Vila do Bispo, pensou a senhora...
Este pequeno episódio, que graças a Deus não foi mais do que uma picada, fez-me pensar nas prioridades dos governos em relação à saúde. Aquilo importa é o número, não a pessoa. Para mim, como homem e cristão, não faz sentido esta lógica completamente invertida. A política deve procurar servir os cidadãos e não os números.
Como "profeta" de nome que sou, profetizo algo de sombrio para o nosso portugalinho num futuro a curto prazo.
Termino com uma pergunta, segundo a mentalidade reinante: o que é mais importante, 23 jovens que estão num hotel 5 estrelas na Suíça ou 10/15 mil habitantes duma qualquer cidade média, que não têm urgências?
Para mim, que sou um apaixonado pelo futebol, a resposta só pode ser uma....

Abraços e beijos...


PS: por momento tive vontade de sair de Portugal

04/06/2008

Desculpe o incómodo!

Oi...

A afirmação: desculpe o incómodo sr. padre; é recorrente nos diálogos que vou mantendo com as pessoas. A resposta que costumo dar só pode ser uma: não é incómodo, é para isso que estou cá.

A perspectiva com que se olha para o padre, leva a este tipo de afirmações. Para as pessoas o padre ainda é alguém distante, que não deve ser incomodado, é alguém que está "próximo" de Deus, por isso deve viver "fora" do mundo.

A esta visão apetece-me dizer: "não sou deste mundo, mas sou chamado a viver nele"; e nesta perspectiva não devo estar longe das pessoas. A minha missão é servir a comunidade que a mim está confiada. Se esta é a minha missão, é natural, normal que seja incomodado.

Esta forma de olhar para o padre deve ser alterada, é mais um desafio que Deus coloca no meu caminho.


Abraços e beijos...

SNS e as Crianças

Oi... 1. Ontem, dia 15.06.2023, foram anunciados os serviços de pediatria para o Verão 23 . 2. Em 24h, não houve alarido ou stress com este ...