Há pessoas que parecem saídas de um filme, Trump é uma delas.
Como nos filmes, há personagens que gostamos e outras que não gostamos. Mas todas elas têm o seu papel e objectivo.
Trump é daquelas pessoas que se gosta ou não, não há meio termo, nem parece que ele queria ser consensual.
Hoje brindou-nos com mais uma cena, desta trama, que foi o anúncio da mudança da embaixada em Israel. Como o muro entre os EUA e o México, esta medida parece ser para um futuro não imediato, no entanto não deixa de ser uma decisão complicada e polémica.
Primeiro, é o cumprir de uma promessa eleitoral, que ele fez, neste sentido, não pode espantar.
Segundo, esta como outras medidas estavam no seu "programa", gostemos ou não essa é a verdade. Diria que nós gostaríamos que ele fosse um político "normal", promete promete, mas não cumpre...
Terceiro, sempre que leio ou ouço o que este senhor diz, sinto um arrepio na espinha, mas quero acreditar que ele não é tão louco como parece e que apesar de vociferar muito, se aplica a máxima: "cão que ladra, não morde", esperemos que aqui não seja como nas promessas eleitorais...
Quarto, a decisão de mudar a embaixada, além de ser o cumprir de uma promessa eleitoral, é um aproximar a uma elite, que nem sempre esteve ou está com ele. Demonstra a sagacidade para o jogo político.
Quinto, a zona onde hoje está o estado de Israel e a Palestina, sempre foi uma zona de conflito, basta recordar os textos sagrados para saber que este é um território pretendido e desejado por muitos, não por ser uma terra muito fértil, mas sim estratégica.
Sexto, além de ser uma zona de conflito permanente, a verdade é que, com a "extinção" do Estado Islâmico e com o acordo alcançado pela Rússia na Síria, tudo indicava que esta zona poderia entrar numa calma aparente, por isso, o senhor Trump mete gasolina no fogo....
Pensemos nisto...
