Oi...
Todos nós somos filhos.
Podemos ser pais ou não.
Podemos ser esposos ou não.
Podemos ser avós ou não.
Podemos ser ou não, mas todos somos filhos.
Ser filho, apesar de ser uma inevitabilidade, a verdade é que nem todos os pais o são na realidade.
Ser pai é um desafio diário, onde o erro é recorrente, mas para se ser pai, para mim, é fundamental o amor.
Podemos dar muitas coisas, mas se não dermos amor, seremos sempre maus pais.
No fim da quaresma, olho para a minha renúncia e posso dizer que consegui superar-me: tentar não "chatear-me" com os meus filhos.
Hoje sei que sou melhor pai, não perfeito ou irrepreensível, mas olhar para os meus filhos e saber que são felizes faz-me realizado.
Neste caminho de filhos, há um olhar para os pais como exemplos, bons ou maus, serão sempre um exemplo. Aos pais cabe-nos tentar ser o melhor possíveis.
Num outro prisma, da mesma realidade, quando paro e penso no futuro, dá-me uma saudade do que ainda não vivi e tristeza do que irei perder.
Ser pai com quase 40 anos, foi extraordinário, mas há um pensamento recorrente: "tanto que não irei aproveitar". Por isso, muitas das minhas decisões têm naturalmente que passar pelo tempo que irei ter ou não com eles. São eles, neste momento, a razão do meu viver.
No entanto, sei que a melhor herança que poderia deixar será o amor e exemplo que lhes der, sei que hoje eles não percebem isso, mas um dia consciente ou inconscientemente vão perceber e viver isso.
Como filho e pai, como marido e irmão, como peregrino todos os dias são novas oportunidades que me são concedidas, por Deus, para ser melhor. Serei?
